sábado, 18 de agosto de 2007

GLOSSÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DO PANEJAMENTO – ESCULTURA (·)

O HÁBITO

É o traje ou vestido, especialmente o distintivo dos eclesiásticos e congregações religiosas, que muitos dos santos são retratados para caracterizar uma ordem (carmelita, franciscana, dominicana, beneditina...) ou o ato litúrgico.

ALVA
É a veste talar de “pano branco”, que fica sob o manto, em forma de túnica, com mangas estreitas Desce até o chão, porém, puxado, enrolado para cima por um cíngulo (espécie de cordão). A alva é sinônima de pureza; do ressuscitado.

CAPUZ
É a peça de pano que resguarda a cabeça, geralmente presa ao casaco; hábito tradicional do monge capuchinho (marrom) e beneditino (preto). Conhecido também por capa.

CAPA PLUVIAL
(v. Asperge).

ESCAPULÁRIO
É a tira de pano que frades e freiras de algumas ordens usam sobre os ombros, pendente sobre o peito.

ESTOLA
Diferente do escapulário, a estola significa o poder sacerdotal. É o paramento em forma de tira comprida, de 8 a 10 cm de largura, geralmente mais larga nas extremidades, com cruz no meio ou também nas pontas.

MANTILHA DE FREIRA
(v. véu)

MANTO
É preso por broche. Cai ou não sobre os ombros e braços. Possui movimento frontal e posterior. Cor e decoração, inclusive do forro. O movimento (esvoaçante ou não) dependerá da época da escultura.

SOBREPELIZ
Usada por cima da batina branca, com ou sem mangas.

TÚNICA
Comprida e ajustada ao corpo. Possui ainda as seguintes características:

Tipo de gola. Friso dourado ou pintado. Cintada ou não. Com ou sem nó de duas pontas. Cor. Com ou sem drapejado (disposto em grandes pregas). Longa ou curta. Pregueamento até os pés (ou não). Roçagante (roçar ou arrastar-se pelo chão). Cintura blusada (larga, leve). Estofada a ouro ou lisa. Descrição da douração e dos ornamentos: fitomorfa naturalista ou estilizada. Cores. Terminada em zig-zag ou friso. Mangas curtas, longas. Punho dourado, deixando aparecer veste interna etc.

VÉU
É o objeto com que se cobre o rosto ou parte dele. Também denominado de Mantilha de freira. Geralmente movimentado e esvoaçante. Pode ser curto ou longo, com ou sem ondulações. Pode ser longo, curto ou retilíneo. O movimento (esvoaçante ou não) dependerá da época da escultura.


ALGUNS PARAMENTOS, MAIS APLICADOS EM DESCRIÇÕES DE ALFAIAS ( [1] ).

ASPERGE
Capa similar ao manto grande, sem pregas e acolchetado, com uma peça, em forma de escudo nas costas, na qual se acha, freqüentemente, um monograma mais ou menos ricamente bordado, e com tiras verticais, simples ou bordadas, nos dois lados da frente.

BÁCULO
Símbolo do pastor. Desde a Antigüidade judia. Bastão encimado por uma curvatura, que o bispo diocesano usa na mão esquerda, nas funções litúrgicas solenes.

BATINA
Veste talar (que chega até os calcanhares) dos eclesiásticos.

CASULA
Usada no período da passagem do românico para o gótico. É a veste do sacerdote na celebração da Missa.

DALMÁTICA
A partir de 1965, com a reforma litúrgica, que passou a usar somente a alva, a estola e a casula. É a veste superior usada pelos diáconos.

MITRA
Passou a ser usada na Igreja em 313 com a Pax Eclesian de Constantino, quando a partir de então os bispos passaram a gozar dos mesmos privilégios principescos. Representa a dignidade para os bispos, o Poder para os princípios. É o ornato litúrgico da cabeça dos cardeais, bispos, abades, cônegos etc., que tenham autorização especial da Santa Sé.

TUNICELA
Mesmo modelo da dalmática, sendo muito maior. É uma espécie de túnica do subdiácono, hoje em tudo igual à dalmática do diácono, da qual é a imitação desde a sua origem no século VI.







[1] Embora se possa utilizar na imaginária.